A forte crise econômica vivida pela Argentina, que atinge duramente as vendas externas da indústria automobilística brasileira, afeta também as exportações de motocicletas e no primeiro trimestre do ano a retração no setor foi de 51,2% em relação ao mesmo período de 2018. Foram exportadas 11.382 motocicletas neste ano, contra 23.320 unidades no mesmo período do ano passado.
Em março, o volume embarcado foi de 3.525 unidades, redução de 54,5% na comparação com o mesmo mês de 2018 (7.747 motocicletas). Em relação a fevereiro, houve aumento de 7,2% (3.287 unidades).
“Já em relação às exportações, o recuo está diretamente relacionado à redução dos embarques para a Argentina, principal destino das motocicletas fabricadas no Polo industrial de Manaus”, segundo afirmou Marcos Fermanian, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Segundo divulgou a Abraciclo, dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, a Argentina foi o principal comprador de motocicletas brasileiras no primeiro trimestre, com 3.832 unidades, 37,7% do total. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com 2.224 unidades e 21,9% de participação, e em terceiro o Canadá, 1.488 unidades e 14,7% de participação.
Em março, a Argentina se manteve como principal comprador com 2.660 motocicletas, com 53,2% do total, seguida pelo Canadá, com 988 unidades e 19,7% de participação, e pelos Estados Unidos, com 608 unidades e 12,2% de participação.
(*) Com informações da Abraciclo