No mês de março, a exemplo do que vem acontecendo nos últimos meses, as exportações de automóveis continuaram sendo duramente afetadas pela crise na Argentina e com isso as vendas externas de veículos registraram uma forte queda de 42,2% em comparação com o mesmo mês de 2018.
No acumulado do ano, os embarques externos amargam uma contração de 42%. Em relação a fevereiro, a retração foi de 3,7%. Os dados foram divulgados hoje (4) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavez).
Ao divulgar os números do balanço do primeiro trimestre da indústria automobilística, o presidente da Anfavea, Antonio Carlos Botelho Megale afirmou que “vamos ter um primeiro semestre absolutamente comprometido, mas esperamos que comece a melhorar [posteriormente]”.
A Argentina continua liderando o ranking dos principais importadores de veículos brasileiros, respondendo por 60% das exportações nacionais. Mas outros país têm se destacado como importantes compradores dos automóveis nacionais, a exemplo do México, que foi responsável por 13% das vendas brasileiras. Da mesma forma, a Colômbia cresceu de 3% no ano passado para 10% este ano.
Produção em queda
A produção de veículos montados no país foi de 240.546 unidades em março, queda de 10% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme divulgado hoje (4) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em relação a fevereiro, houve redução de 6,4%.
Segundo o presidente da Anfavea, três fatores influenciaram o resultado negativo em produção: a greve dos trabalhadores, a enchente na fábrica da Mercedes-Benz e a redução das exportações, Além disso, março também teve um dia útil a menos devido ao Carnaval.
Antonio Megale defendeu a importância da manutenção dos bons índices de produção de veículos, responsável pela geração de emprego e renda. “Relatório do Banco Central para o biênio de 2017 e 2018 revela que as montadoras são responsáveis por um terço do crescimento industrial do Brasil, um quarto do crescimento total do Produto Interno Bruto (PIB), o que mostra a relevância do setor. Queremos que os investimentos de produção fiquem no Brasil.”
Licenciamento
O licenciamento de automóveis novos apresentou alta de 0,9% em março, na comparação com março de 2018. Na comparação com fevereiro, a alta foi de 5,3%. No acumulado desde o início do ano, na comparação com o mesmo período em 2018, houve alta de 11,4%. A média diária, de 11 mil unidades, foi a maior desde 2014 para um mês de março.
Máquinas agrícolas
A comercialização de máquinas agrícolas mostrou resultado otimista, com alta de 7% em março, na comparação ao mesmo mês em 2018. Em relação a fevereiro, houve aumento de 31,6%. No acumulado, foi registrado alta de 23,5%. “A safra está muito boa, será a segunda melhor safra da história. Temos toda a safra de soja comercializada a preço muito bom com a China, o setor está capitalizado, com alto nível de confiança”, disse Megale.
(*) Com informações da Agência Brasil