A balança comercial brasileira apresentou em janeiro de 2019 o maior valor para o primeiro mês do ano desde 2014, com uma corrente de comércio de US$ 35 bilhões. Tanto as exportações como as importações cresceram em relação ao primeiro mês de 2018, com a exportação atingindo o maior volume da série histórica para o mês (iniciada em 1997), US$ 18,6 bilhões.
Os números de janeiro foram apresentados nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, pelo diretor de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, em entrevista coletiva.
De acordo com ele, o fortalecimento da economia passa por uma maior integração no comércio internacional. “Uma economia forte é aquela que exporta e também importa muito. O aumento da inserção internacional do Brasil é uma agenda do país, que vai se dar de acordo com reformas estruturais. O importante é o comércio como um todo”, frisou.
A exportação em janeiro de 2019 alcançou a cifra de US$ 18,6 bilhões, registrando crescimento de 9,1% em relação a janeiro do ano anterior, pela média diária. Já a importação de bens totalizou US$ 16,4 bilhões sobre o primeiro mês do ano passado, pela média diária. Com relação à corrente de comércio, de US$ 35 bilhões, o volume foi 12% maior ao de janeiro de 2018, também pela média diária.
Herlon Brandão informou que, nas exportações, os mercados de destino que se destacaram no período foram China (crescimento de 20%) e Japão (crescimento de 17%), sempre na comparação com janeiro de 2018.
Para os Estados Unidos houve um aumento de 2%. Com relação à União Europeia, houve redução das exportações de 5,6%, principalmente devido à diminuição dos preços de exportação dos combustíveis no período”, analisou. China e Japão também foram os mercados que apresentaram crescimento em termos de importações.
Detalhamento
Ao analisar os motivos que levaram o país a apresentar o resultado recorde em janeiro de 2019, o diretor ressaltou que o volume exportado foi 19,4% maior, motivado por diversos produtos, como petróleo, soja, minério, café, celulose, ferro, aço e aviões. Brandão afirmou, ainda, que houve redução de exportações em alguns produtos, como, por exemplo, automóveis.
“A diminuição das exportações de automóveis foi motivada pela redução da demanda argentina”, explicou, acrescentando que 70% dos automóveis exportados pelo Brasil se destinam à Argentina.
(*) Com informações do Ministério da Economia