Um encontro dos “sherpas” (vice-ministros encarregados de tratar dos assuntos do BRICS nas respectivas chancelarias) com início amanhã (13) e se estendendo até a sexta-feira (15), em Curitiba, marcará o início formal da presidência brasileira de turno do bloco que é integrado, além do Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante a reunião na capital paranaense serão discutidas as prioridades do bloco para o presente ano e se passará em revista o andamento das iniciativas de cooperação em curso.
O governo brasileiro aproveitará a reunião e, mais acentuadamente, o período de vigência da presidência temporária do bloco para buscar meios de intensificar as relações comerciais com os integrantes do BRICS. Um deles, a China, é o maior parceiro comercial do Brasil tanto nas exportações quanto nas importações.
Em seu conjunto, os quatro outros integrantes do BRICS foram destino, em 2018, de 30,7% das exportações brasileiras. O valor dos bens comprados por esses quatro membros do grupo atingiu US$ 73,8 bilhões (contra US$ 56,4 bilhões em 2017). Vieram desses países 23,8% das importações nacionais, correspondentes a US$ 43,1 bilhões.
No ano passado, o saldo comercial do Brasil com o BRICS foi positivo em US$ 30,7 bilhões (contra um superávit de US$ 23 bilhões em 2017), equivalente a 52% do superávit comercial brasileiro no ano.
Ao exercer a presidência de turno do bloco, o Brasil terá como responsabilidade
propor prioridades para o grupo e coordenar as cerca de 100 reuniões anuais, inclusive em nível ministerial, dos diversos foros e grupos de trabalho que debatem e propõem iniciativas conjuntas em ampla gama de temas econômico-comerciais, financeiros, científico-tecnológicos, culturais, de saúde, de segurança, sociais e de gestão.
(*) Com informações do Itamaraty